sábado, março 31

Um bolo musical...

Já Rossini sabia que depois de uma boa hora de música, nada melhor do que uma boa refeição! Houve alguém que, sendo de opinião semelhante, deu corpo a esta relação ópera/comida de uma maneira muito imaginosa e cheia de fantasia.
Uma amiga da capital nortenha enviou-me a sugestão, que aqui deixo ficar para deleite dos vossos olhos e ouvidos!
E para acompanhar, nada melhor do que um cocktail de fruta, bem geladinho!

quinta-feira, março 29

A Bruxa põe... e as circunstâncias dispõem!

Pois é. A Bruxa tinha pensado dar-vos hoje a conhecer um dos vossos antepassados: um cozinheiro famoso de há muito tempo, contemporâneo de uma das bruxas mais antigas de que há memória... As o acaso decidiu que não seria assim. Em vez de viajar para o passado, a Bruxa teve de pegar na bola de cristal e olhar para o futuro. Vejamos então...
Sabem o que é gastronomia molecular?

É uma forma de preparação dos alimentos em que se exploram as interacções químicas e físicas que ocorrem durante o processo culinário. Experimentado em laboratório, tem resultados muito divertidos.
Podemos começar pelo menu comestível cujo papel pode ser "temperado" com líquidos que fazem as vezes de tinta e que têm o saber do prato que referem, criando assim ao cliente a hipótese de experimentar o sabor do prato que vai encomendar.

Encomendemos então: esferas de sopa de peixe sobre algas verdes
com sabor a amêijoas à Bolhão Pato.
Pedimos um pão com menos calorias passamos para outro prato igualmente colorido
e terminamos com um gelado que deita fumo!
Podemos não gostar dos sabores, mas lá que é animado e variado, é...

quarta-feira, março 28

Uvas castelãs...



Ainda vem longe o tempo das vindimas. Mas é Primavera e as folhas despontam já. Como estão de férias, aqui têm um pequeno exercício enquanto esperam o aparecimento das uvas.

Notícias teatrais...

Ontem, Dia Mundial do Teatro, a Bruxa deslocou-se ao CCC para os festejos aqui antes anunciados. Lá chegou e começou logo por ficar espantada com a quantidade de gente que por ali andava: ainda bem que o teatro ainda faz mexer as pessoas!


Foi depois com gosto que a Bruxa assistiu às cenas da peça do churrascado António José da Silva: lá no canto onde se encontram, os senhores da Inquisição não devem ter ficado nada satisfeitos com a boa disposição, alegria, humor e vivacidade que o teatro dele trouxe àquela sala cheia de eco.

A todos os participantes gostaria de dar os meus parabéns. Gostei muito do que vi, ri-me com gosto e, no fim, gostei de ver o ar feliz de quantos estavam naquele palco. Foi uma bela festa de teatro!



E claro, não quero deixar de prestar aqui a minha homenagem a essa mulher que tanto tem lutado pela arte de que todos gostamos. Muito obrigada, Maria do Céu Guerra.

terça-feira, março 27

Dia Mundial do Teatro

O Dia Mundial do Teatro foi criado em 1961 pelo International Theatre Institute, organização não-governamental, fundada em Praga em 1948 pela UNESCO em conjunto com a comunidade teatral. Todos os anos, a 27 de Março, o Dia Mundial do Teatro é comemorado pelos centros do ITI e pela comunidade teatral internacional. Muitas iniciativas se organizam para marcar a data. Uma das mais importantes é a divulgação da Mensagem Internacional para o Dia Mundial do Teatro em que, a convite do ITI, uma figura de renome mundial, partilha os seus pensamentos sobre o tema “O Teatro e uma Cultura de Paz”.

Este ano, o convite foi dirigido ao Sultão Bin Mohammed Al Qasimi. Eis a sua mensagem:

Foi durante os meus primeiros tempos de escola que me deixei fascinar pelo teatro, esse mundo de magia que desde então me mantém cativo.
O começo foi modesto, um encontro acidental que encarei apenas como uma actividade extra-curricular para enriquecer mente e espírito. Mas haveria de se transformar em algo muito maior do que isso quando me envolvi profundamente como dramaturgo, actor e encenador de um espectáculo teatral. Recordo tratar-se de uma peça política que enfureceu as autoridades do tempo. Todo o material foi confiscado, e perante os meus olhos encerraram o próprio teatro. Mas não se pode esmagar o espírito do teatro debaixo das pesadas botas dos militares armados. Esse espírito procurou abrigo e instalou-se no mais profundo do meu ser, tornando-me plenamente consciente daquilo que o teatro pode fazer na vida das nações, em especial enfrentando todos aqueles que não toleram oposições ou as diferenças de opinião.
Ao longo dos meus anos de universidade no Cairo, o poder e o espírito do teatro enraizaram-se e aprofundaram-se na minha consciência. Li avidamente quase tudo o que se escreveu sobre teatro e vi o amplo leque do que se levou à cena. Esta consciência aprofundou-se ainda mais nos anos seguintes, à medida que tentava acompanhar os últimos desenvolvimentos no mundo do teatro.
Nas minhas leituras sobre teatro, desde o tempo dos gregos até aos nossos dias, tornei-me profundamente consciente da magia interior que os muitos mundos do teatro têm o poder de exercer. É assim que o teatro alcança as zonas mais profundas e escondidas da alma humana e desvenda os tesouros escondidos que estão bem no fundo do espírito do homem. Isto reforçou a minha já inabalável fé no poder do teatro e no teatro como instrumento de unificação através do qual o homem pode espalhar o amor e a paz. O poder do teatro também permite que se abram novos canais de diálogo entre raças diferentes, etnias diferentes, cores diferentes e credos diferentes. Pessoalmente, isto ensinou-me a aceitar os outros como eles são e instilou em mim a crença que a humanidade pode unir-se no bem, ao passo que, no mal, só poderá dividir-se. É verdade que a luta entre o bem e o mal é intrínseca ao código teatral. No entanto, em última análise, o bom-senso prevalece e a natureza humana alinhará, em larga medida, com tudo o que é bom, puro e virtuoso.
As guerras que atormentaram a humanidade desde os tempos mais antigos tiveram sempre por motivo instintos maléficos que, muito simplesmente, são incapazes de reconhecer a beleza. O teatro aprecia a beleza e até poderíamos defender que nenhuma forma de arte consegue apreender a beleza com mais fidelidade do que o teatro. O teatro é um receptáculo global para todas as formas de beleza e os que não valorizam a beleza não podem dar valor à vida.
O teatro é vida. Nunca como agora existiu um tempo em que é dever de todos fazer a denúncia das guerras fúteis e das diferenças doutrinais que, muitas vezes, levantam as suas feias cabeçorras sem se deixarem intimidar por uma consciência plena de responsabilidade. Temos de pôr um fim às cenas de violência e mortes aleatórias. No mundo de hoje, estas cenas tornaram-se banais e são tanto mais agravadas pelas diferenças abissais entre a riqueza imoral e a mais abjecta pobreza e por doenças como o SIDA que atormentaram muitas zonas do globo e derrotaram os melhores esforços empreendidos na sua erradicação.
Oh, gente do teatro, é quase como se tivéssemos sido atingidos por uma tempestade e esmagados pela poeira da dúvida e da suspeita que se vai aproximando de nós.
A visibilidade quase se eclipsou e as nossas vozes gritam, quase inaudíveis, por entre o clamor e as divisões que se esforçam por nos manter longe uns dos outros. Na realidade, não fora a nossa crença profunda no diálogo, manifestada de forma tão única numa forma de arte como o teatro, e seríamos varridos pela tempestade que não se poupa a esforços para nos dividir. Por isso, devemos enfrentar e desafiar todos os que não se cansam de agitar a tormenta. Devemos enfrentá-los, não destruí-los, mas erguermo-nos mais alto do que a atmosfera contaminada que ficou na esteira das suas tempestades. Devemos unir os nossos esforços e devotá-los a comunicar a nossa mensagem e a estabelecer laços de amizade com todos aqueles que, entre as nações e os povos, clamam por fraternidade.
Nós não passamos de simples mortais, mas o teatro é tão eterno como a vida.


Quem é o autor:
Formação académica: Bacharelato em Engenharia Agrícola (1971) pela Universidade do Cairo, Egipto; Doutoramento em Filosofia com Distinção em História (1985) pela Universidade de Exeter, Inglaterra; Doutoramento em Filosofia e Geografia Política do Golfo (1999) pela Universidade de Durham, Inglaterra.
Foi feito membro honorário do Instituto de Estudos Africanos (1977) e a Universidade de Cartum, Sudão, concedeu-lhe um doutoramento honoris causa em Direito (1986). Recebeu outros graus de Doutor honoris causa de várias universidades de Inglaterra, Paquistão, Rússia, Malásia e Canadá.
Entre os variados cargos que desempenhou contam-se os de Ministro da Educação dos Emirados Árabes Unidos, Governador de Sharjah, Membro do Conselho Supremo dos UAE, Presidente da Universidade de Sharjah, Professor Catedrático Convidado da Universidade de Exeter, Presidente do Conselho Honorário da World University Service, Professor Catedrático da Universidade de Sharjah e Presidente Honorário da Associação Egípcia para o Estudo da História.
Entre as distinções que recebeu estão o prémio do Instituto de Investigação da História, Arte e Cultura Islâmicas, uma condecoração da Organização Cultural, Científica e Educacional Islâmica, o prémio Rei Faisal para o Islão e os Muçulmanos 2002 e a medalha de ouro da Cultura Árabe da Associação Árabe para a Educação, Cultura e Ciência.
A sua obra é variada, incluindo muito trabalho de investigação científica, ensaística e algumas obras dramáticas.

segunda-feira, março 26

Notícias do Dia Mundial do Teatro



Como todos sabem, amanhã é Dia Mundial do Teatro. E a nossa escola tem planeadas várias iniciativas, entre as quais está a entrega do Prémio Zita Duarte 2006 aos fantásticos ex-EPTCenses Ana Filipa Francisco e Miguel Matias. A cerimónia está marcada para as 18h30m no CCC.







No mesmo local, à mesma hora (não são só as bruxas que têm o dom da ubiquidade!), inaugurar-se-á a exposição da pintora Graça Morais, onde poderão ver os biombos que pintou para a peça do mesmo nome, de Jean Genet, que o Carlos Avilez encenou em 1993. Vão vê-los porque são espectaculares...
Far-se-á ainda uma homenagem à actriz Maria do Céu Guerra, um dos primeiros nomes do TEC. Durante esta homenagem, serão representadas cenas da peça Esopo, de António José da Silva, que foi a peça de estreia do TEC, em 1965. Maria do Céu Guerra fazia então parte do elenco...

sábado, março 24

Grandioso concurso


Há já algum tempo que a Bruxa, atarefada que anda a recolher material para a sua Despensa, não publica nenhum desafio do grandioso concurso de adivinhas e provérbios.
Antes de passar a publicar o que aí vem, deixem que lhes diga que ainda ninguém acertou em tudo e há mesmo soluções que ainda não apareceram DE TODO. Pelo que há ainda MUUUUUIIIITTTTOOOOO espaço para novos concorrentes. Agora que a escola de feitiçaria da Amoreira (?!) está de férias, os seus jovens alunos talvez tenham a cabeça mais livre para estes desafios. Por isso, aqui vão eles:

PROVÉRBIO:

Se eu aquela perdiz mato, ...????

ADIVINHA:

Pucarinhos, pucaretes,
Ó que lindos ramalhetes!
Nem cozidos, nem assados,
Nem comidos com colher...
Não é capaz de adivinhar
Nem p'ró ano que vier.


Um homem com muito mau feitio...



Na quinta-feira, a Bruxa pegou na vassoura e voou até à Praça de Espanha para ver O Misantropo do nosso já velho amigo Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido por Molière, na encenação de Álvaro Correia, com participação de João Têmpera, Miguel Sermão, Sandra Faleiro, Sara Cipriano, Lucinda Loureiro, Vítor Soares e Rogério Vieira para além do próprio Álvaro Correia.
A Bruxa gostou do que viu e, mais ainda, do que ouviu. Viu um espectáculo despojado, sóbrio, com um recurso muito interessante a um elemento de cenário que não vai ser revelado aqui e um trabalho de luz bastante bonito e eficaz. Ouviu um texto bem dito, muito bem trabalhado, bem articulado, em suma, um bom conjunto de interpretações... Já a música... foi um pouco mais dura!
Mas, dito isto, a Bruxa recomenda que nos poucos dias que restam até ao final da carreira destes espectáculo dêem um salto até à Comuna e... vejam o espectáculo que vale a pena!
No mesmo local, anuncia-se já para o próximo mês outra peça do mesmo autor: Tartufo. Mas dessa falaremos a seu tempo...

quinta-feira, março 22

Mensagens...

Tal como vos prometi, aqui vão as mensagens que o mago-mor lá da UNESCO enviou ao mundo por ocasião do Dia Mundial da Poesia:

A poesia é tão variada e flutuante quanto o presente. Não está esculpida em pedra, mas é onde as relações com o mundo, o sentido, a cultura e a linguagem são constantemente criadas e recriadas.
Todos os anos, o Dia Mundial da Poesia, em conjunto com muitos outros acontecimentos, feiras e festas da poesia, cria uma oportunidade para o diálogo e reflexão que pode ajudar a trazer a poesia para o convívio dos povos.
A particularidade da poesia que há que reconhecer é que ela não transmite palavras óbvias que possam ser apreendidas de imediato, antes constrói novas e inovadoras formas de linguagem que nada devem aos códigos comuns.
A poesia, porque oferece uma grande variedade de caminhos e formas de escrever é, por isso, uma área de procura e experiência que permite rever a condição humana na sua globalidade. Esta reapreciação fundamental do uso da língua permite uma reflexão crítica universal sobre palavras, géneros e categorias, toda a gama do que é minimamente traduzível. Ao fazê-lo, desenha os contornos de possíveis formas de diálogo entre culturas, histórias e memórias.
Garantir a promoção e salvaguarda dessas formas de troca e transferência – esse poderia ser o objectivo deste dia que, colocado ao serviço da nossa diversidade criativa, pode, espero, alimentar e renovar a capacidade de cada um de nós de compreender a pluralidade cultural do mundo.
A UNESCO, de mãos dadas com os poetas e leitores de poesia, alia-se hoje à causa de todos os que encontram na linguagem a imaginação criativa e propõem novas formas de arte, aventurando-se a criar novas genealogias que possam reconstruir de novo as interligações, desafios e vocabulários que marcam a nossa modernidade.

Koïchiro Matsuura
Director-Geral da UNESCO
21 de Março de 2007
... e do Dia Mundial da Água
A escassez de água pode minar os esforços de desenvolvimento, ameaçar o ambiente e conduzir à tensão, ao conflito e até mesmo à guerra. No entanto, a História mostra-nos que a falta de água motivou a inovação humana, incitando as sociedades a encontrar recursos que remediassem ou aliviassem essa falta. Este ano, no Dia Mundial da Água, somos encorajados a pensar na forma como as comunidades em todo o mundo estão a “Lidar com a Escassez de Água”, e como os seus esforços podem ser apoiados e reforçados. Preocupação especial se prende aos temas do acesso à água doce e ao impacto social das políticas de distribuição de água. Sendo a crescente escassez e a disputa pela água uma ameaça tanto para a paz como para a erradicação da pobreza, é imperativo garantir uma forma mais eficaz e equitativa de distribuir este recurso vital.
A escassez de água não é apenas o resultado de uma falta física de recursos hídricos. É também agravada por problemas de gestão e regulamentação. O crescimento populacional, o desenvolvimento económico, a poluição e as alterações climáticas, todos exercem pressões sobre os recursos hídricos. Da mesma forma, as actividades humanas como a desflorestação, a construção de barragens, a prevenção da erosão, a rega e os armazenamentos e os transvases, todos afectam os processos hidrológicos e os recursos hídricos à nossa disposição, sublinhando a importância de uma administração responsável.
Se bem que a escassez de água não esteja circunscrita às regiões áridas e semi-áridas, as condições climatéricas e as práticas desordenadas tornam essas zonas altamente vulneráveis à falta de água. Os desenvolvimentos tecnológicos tornaram possível a elevação dos padrões de vida em zonas onde os recursos naturais estão longe de ser abundantes. A tecnologia da dessalinização tornou-se mais acessível, transformando os oceanos em recursos de água doce, mas não é desprovida de custos e consequências ambientais.
Os métodos modernos e tradicionais de recolha aumentam a quantidade de água disponível para consumo. A utilização de aquíferos não-renováveis oferece também uma oportunidade de alívio da crescente escassez de água em regiões onde ela é rara, desenvolvendo assim o bem-estar social e facilitando o desenvolvimento económico. No entanto, estes benefícios têm de ser cuidadosamente ponderados em função dos seus custos. A maior disponibilidade de hoje deve ser equilibrada com a sustentabilidade para as gerações futuras. É necessário conservar a água disponível, diminuir a procura e aumentar a consciência do carácter limitado dos recursos hídricos. São necessárias estratégias de adaptação sensatas que garantam a subsistência em áreas marginais que sofrem os impactos das variações climatéricas. Devemos disponibilizar aos países em vias de desenvolvimento, onde os problemas da escassez de água se revelam mais prementes, o saber, a capacidade e a tecnologia necessária.
A UNESCO crê firmemente que, se bem que uma rigorosa avaliação científica dos recursos seja um pré-requisito para a formulação e desenvolvimento de políticas sólidas, uma melhor capacidade de lidar com a escassez de água não é alcançável apenas com recurso à ciência e à tecnologia. É necessária uma abordagem multi-disciplinar que tome em consideração a dimensão sócio-económica da gestão da água potável. A educação tem um papel vital na criação de mudanças comportamentais que ajudem a conservar a água. A cultura também desempenha um papel importante na determinação do tipo de medidas de gestão da água e soluções técnicas que se revelem aceitáveis por comunidades específicas. A comunicação é vital para transmitir ao público em geral a importância de preservar os recursos hídricos. A UNESCO, com o seu mandato para as ciências, educação, cultura e comunicação, está colocada num lugar ímpar para liderar essa abordagem holística e multi-disciplinar.
Lidar com a escassez de água é um assunto complexo que exige uma cooperação alargada a todos os níveis da sociedade. As Nações Unidas estão já a trabalhar em conjunto, com a coordenação da UNWater, para desenvolver uma abordagem do sistema que enfrente este desafio. No Dia Mundial da Água, convido todos os outros parceiros e interessados a juntarem-se a nós na elaboração de uma resposta abrangente e global. Façamos da distribuição sustentada e equitativa da água uma prioridade de todos.

Koïchiro Matsuura
Director-Geral da UNESCO
22 de Março de 2007
E agora corram para os dicionários para aprenderem o significado das palavras que não conhecem!

Aprendizes no reino dos Algarves...


E hoje, jovens aprendizes de feiticeiros amoreirenses, vamos todos desejar muita da dita à delegação dos vossos colegas que vai até Vilamoura para participar no 19.º Encontro Nacional de Epileptologia a decorrer entre 21 e 24 deste mês em Vale de Lobo - Hotel Ria Park.

Boa viagem!

22 de Março...

E as celebrações continuam: hoje é Dia Mundial da Água.



As Nações Unidas consideraram este aspecto tão importante que criaram uma organização só para tratar dos assuntos da água: a UNWater. A celebração do Dia Mundial da Água é uma iniciativa que nasceu da Reunião sobre Ambiente e Desenvolvimento (UNCED) de 1992, ocorrida no Rio de Janeiro.
Por resolução, a Assembleia-Geral das Nações Unidas escolheu o dia 22 de Março para esta efeméride. Este dia devia celebrar-se a partir de 1993, segundo com as recomendações das Nações Unidas no capítulo 18 (Recursos de Água Potável) da Agenda 21.
Os Estados-membros foram convidados a desenvolver as recomendações da ONU e promover iniciativas concretas consideradas apropriadas ao contexto nacional de cada um. Em Portugal, cabe ao Instituto da Água coordenar as comemorações oficiais. Passou a ser celebrado regularmente a partir de 1994. Todos os anos, a ONU propõe um tema de reflexão. Aqui vai a lista:

1994 – “Cuidar dos nossos Recursos Hídricos é Tarefa de Todos”
1995 – “As Mulheres e a Água”
1996 – “Água para Cidades Sequiosas”
1997 – “Água no Mundo: Haverá que Chegue?”
1998 – “Águas Subterrâneas: o Recurso Invisível”
1999 – “Toda a gente vive a Jusante”
2000 – “Água para o Século XXI”
2001 – “Água e Saúde”
2002 – “Água para o Desenvolvimento”
2003 – “Água para o Futuro”
2004 – “Água e Desastres”
2005 – “Água para a Vida 2005-2015”
2006 – “Água e Cultura”
2007 – “Lidando com a Escassez de Água”


Portugal, um país virado ao mar, não podia deixar de ter uma série de museus ligados a ele. Por exemplo, em Cascais, existe um: o Museu do Mar - Rei D. Carlos. Conhecem? Aqui ficam algumas sugestões para um fim-de-semana ou umas férias...
Como sabem sem água não há vida mas tudo o que a Bruxa possa dizer é pouco e mal dito. Por isso, aqui ficam, mais uma vez, as palavras de António Gedeão.

SEDE DE ÁGUA

Em vez de morna crisálida
num casulo apoquentado,
antes ser canteiro regado
ao fim de uma tarde cálida.

Num sereno estar profundo,
empapado em poças de água,
que esta sede imensa trago-a
desde o princípio do mundo.

Movimento Perpétuo


LIÇÃO SOBRE A ÁGUA

Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.

É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.

Foi neste líquido que numa noite cálida de verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.

Linhas de Força

terça-feira, março 20

21 de Março é um dia rico...

Celebram-se várias efemérides e todas elas nos interessam. Por isso, a Bruxa andou pelas auto-estradas da informação, atirou-se ao teclado, e aqui vai o resultado.

A primeira efeméride:
Em 1999, a UNESCO declarou o dia 21 de Março como o Dia Mundial da Poesia.
O objectivo é promover a escrita, leitura, publicação e ensino da poesia, “conferindo um novo reconhecimento e ímpeto aos movimentos poéticos nacionais, regionais e internacionais.” Pela poesia e o conhecimento das variadíssimas tradições líricas dos muitos povos alcançaremos um mundo melhor.

Vamos ler mais poesia! Os aprendizes da Amoreira, têm ainda uma vantagem sobre grande parte da outra gente: sendo aspirantes a actores podem dar voz aos poetas, lendo-os para que o resto do mundo ouça o que escreveram.


Hoje celebra-se também o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.
Em 1960, a polícia da África do Sul abriu fogo sobre uma manifestação pacífica contra as leis do apartheid, tendo matado 69 pessoas. Ao proclamar este dia em 1966, a Assembleia-Geral da ONU pediu à comunidade internacional que redobrasse os seus esforços para eliminar todas as formas de discriminação racial. Sendo que n’A Cozinha existem alguns conflitos entre povos e se referem outros, talvez não seja má ideia pensarem no assunto.
Finalmente, last but not least, é ainda o Dia Mundial da Floresta. Vão até aqui para saber mais um bocadinho sobre esta iniciativa. No fim de contas, precisamos das árvores na cozinha também. Ou como é que íamos arranjar fruta?

E agora, para juntar o útil ao agradável: no ano em que se cumprem 10 anos sobre a morte desse professor e poeta que foi Rómulo de Carvalho/António Gedeão (1906-1997), nada mais apropriado para um blog de escola do que celebrar algumas efemérides com poemas seus. Aqui fica um... e amanhã haverá mais!



POEMA DAS ÁRVORES

As árvores crescem sós. E a sós florescem.

Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.

Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.

Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.

E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.

Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.

As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.

Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.

Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.

Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.

Novos Poemas Póstumos (1990)

Chegou gelada mas veio florida...

Hoje de manhã, a Bruxa, depois de ter feito a sua aula de ginástica para desenferrujar de tanta linha, agulha, maquilhagem e penteados, resolveu dar uma volta pela zona de Cascais e Estoril para averiguar da veracidade da declaração oficial do início da Primavera.

Volta por aqui, curva por ali, pára, dispara aquele objecto esquisito que guarda as imagens e... aqui vão algumas.
Há amores-perfeitos,

arbustos de grandes cachos amarelos...






Janelas com glicínias do tempo da minha bisavó...

a explosão amarela de várias acácias e mimosas...




Os jarros dos jardins românticos, cantados pelos poetas...







E a combinação do ultra-Romantismo: o lírio e a saxífraga...

Agora, já podem concluir comigo: a Primavera chegou e anda por aí.


Mas lá que veio geladinha é um facto!





Chegou a Primavera


Hoje, dia 20 de Março, dia de Santa Eufémia e São Martinho de Dume - a Bruxa anda às voltas com os santos! - tem início oficial a Primavera. O equinócio é só às 00h 07m de amanhã, mas as autoridades decidiram que a estação começa hoje. Por isso, aqui fica a lembrança.

Estamos na altura de preparar a terra para o milho e a batata de regadio e de semear os cereais de sequeiro. Na horta, é tempo de preparar as estacas para feijões e ervilhas e semear abóbora, alface, beterraba, couves, nabiças, ervilhas, espinafres, feijão, melancia, melão, pepino, salsa, tomate etc. (Isto, na agricultura biológica, claro, que na outra as estufas "apagam" as estações do ano.) É também tempo de colher as cebolas brancas e cebolinhos, os rabanetes e as azedas.

Vamos deitar agora à terra as sopas e as saladas dos próximos meses...

NOTA - Corram aos dicionários à procura das palavras estranhas como "equinócio", "regadio" e "sequeiro" se querem saber o que significam!

NOTA 2 - Já agora... o quadro é de Sandro Botticelli, chama-se Primavera, foi pintado por volta de 1482, está na Galeria degli Uffizi, em Florença, mede 2,03mX3,14m e é ESPECTACULAR!

segunda-feira, março 19

Homenagem a Cesário Verde

Aos pés do burro que olhava para o mar
depois do bolo-rei comeram-se sardinhas
com as sardinhas um pouco de goiabada
e depois do pudim, para um último cigarro
um feijão branco em sangue e rolas cozidas

Pouco depois cada qual procurou
com cada um o poente que convinha.
Chegou a noite e foram todos para casa ler Cesário Verde
que ainda há passeios ainda há poetas cá no país!

Mário Cesariny de Vasconcelos

A origem da Pizza Margherita



Quando comemos uma pizza Margherita nem por um momento nos detemos para pensar de onde provém este nome. De facto, o epíteto alude à primeira pizza redonda, criada por Raffaele Sposito em 1889, para oferecer à rainha Margherita. A pizza tinha as três cores da bandeira italiana formadas com o queijo branco, tomate vermelho e manjericão verde. Se a pizza moderna é italiana a sua base, o pão espalmado, tem diferente proveniência e época. Este pão espalmado foi inventado há seis mil anos pelos egípcios e desenvolvido pelos gregos. Foram, contudo, muitos séculos depois os italianos a acrescentarem-lhe o tomate.

quinta-feira, março 15

Modernidade vs Pós-Modernidade

Este texto foi a base da aula desta semana.
Modernidade e Pós-Modernidade foram os pontos de partida para se chegar (em apenas duas horas) a uma muito concisa história do século XX.
O objectivo foi praticar a leitura e compreensão de textos teóricos e, mais uma vez, martelar no óbvio: quando não se sabe uma coisa, procura-se o significado. É para isso que existem bibliotecas. É verdade que também existe a Internet, que é obviamente útil, mas - cuidado - as coisas em brasileiro tendem a ser más e em português inexistentes.
Aproveitou-se o final da aula para esclarecer dúvidas sobre o próximo trabalho. Das seis artes (Poesia, Música, Dança, Escultura, Arquitectura e Pintura) têm de escolher UMA (na aula disse duas, mas tive pena de vocês...) e encontrar dentro dela duas obras que simbolizem a Modernidade e a Pós-Modernidade, respectivamente. Por exemplo, se eu fosse meu aluno (uma frase tipicamente pós-moderna) escolhia a Poesia e levava The Waste Land de T.S Eliot como exemplo de Modernidade, e Howl de Allen Ginsberg para ilustrar a Pós-Modernidade. Depois era só justificar...
Ah, é verdade, estes dois exemplos estão, obviamente, excluídos do vosso rol de hipóteses, no entanto, depois de os lerem, de certeza que ficarão totalmente elucidados sobre as principais diferenças entre esses dois mundos que são a Modernidade e a Pós-Modernidade (riso maléfico e doentio).

quarta-feira, março 14

Flecte, flecte, insiste, insiste...


Agora que a PAP vai começar a doer, aqui fica mais um exercício para essas cabeças, a ver se desenferrujam e ficam devidamente aptas a executar o trabalho que os espera...

terça-feira, março 13

Ai, ai, ai...






Pois é... a Bruxa-tradutora anda baralhada e pede desculpa...


É verdade, têm razão, não há lista de personagens... Há uma razão para tal ter acontecido mas vocês não têm culpa nenhuma. Por isso, aqui vai:


LISTA DE PERSONAGENS

MAGI – ajudante do turno da noite
MAX – talhante, 50 anos
BERTHA – cozinheira, Legumes
MOLLY – empregada de mesa
WINNIE – empregada de mesa
MANGOLIS – cipriota, ajudante de cozinha
PAUL – judeu, Pasteleiro
RAYMOND – italiano, Pasteleiro
HETTIE – empregada de mesa
VIOLET – empregada de mesa, mais velha do que as outras
ANNE – irlandesa, empregada de mesa
GWEN – empregada de mesa
DAPHNE – empregada de mesa
CYNTHIA – empregada de mesa
DIMITRI – cipriota, ajudante de cozinha
BETTY – empregada de mesa
JACKIE – empregada de mesa
HANS – alemão, 19 anos, Fritos
MONIQUE – Relações Públicas
ALFREDO – 65 anos, Assados
MICHAEL – 18 anos, Ovos
GASTON – cipriota, 40’s, Grelhador
KEVIN – irlandês, 22 anos, Peixe Frito
NICHOLAS – cipriota, bloco de Frios
PETER – alemão, 23 anos, Peixe Cozido
FRANK – Alemão, 38 anos, Sub-Chefe, Aves
CHEFE – 50 anos
CHEFE DE MESA
MARANGO – 75 anos, dono do restaurante
PEDINTE – deficiente de guerra

A Bruxa cumpre as promessas que faz...

Como afirmei várias vezes, a partir do momento em que tivessem o texto do tratado alquímico na mão, iria passar a publicar as explicações necessárias para que pudessem fazer o trabalho de dramaturgia com o meu colega Desgraça. Por isso, como diz o Bardo de Avon "Amigos, Romanos [amoreirenses, no caso vertente!], concidadãos, cedei-me os vossos ouvidos [olhos, no caso vertente! Ai, as adaptações!]", agarrai no tratado, pegai numa caneta/lápis e começai a escrever. Nas prateleiras da Despensa da Bruxa vão começar a aparecer as explicações. Ora vão lá ver...

segunda-feira, março 12

Hoje é dia de festa...






Ena, ena! Viva, viva!

É dia de festa! Folia! Alegria! Música e foguetes!

Os aprendizes de feiticeiro de 2007 receberam o seu misterioso, profundo, enigmático, portentoso, alquímico, mágico, fenomenal compêndio de feitiçaria!

Como poucos deles estão online a uma hora em que todo o grupo costuma andar pelas bandas do msn, aqui a Bruxa deduz que está tudo agarrado ao calhamaço, a tentar prever o futuro, ou seja, qual a posição que lhes cabe no funcionamento da complexa instituição que o dito calhamaço descreve.

Podem, pois, começar a escolher o modelo dos aventais que a PAP vai começar!

Ou seja, esta semana vamos atacar a vida do Empregado do Mês e este espaço bloguístico - e o seu complemento, A Despensa - começará a receber informação fresquinha sobre o Empregado e o Tratado de feitiçaria.

Peguem nos lápis, agarrem no compêndio, vamos começar a trabalhar a sério...!

domingo, março 11

Cebola... Lembram-se da cebola?



A cebola é outra coisa.
Planta sem intimidade.
Retintamente cebola
à última cebolidade.
Acebolada por fora,
cebulona no tutano,
poderia entrar em si
sem se causar qualquer dano.

Em nós selva e estranhamento,
que uma pele mal sustenta
o nosso inferno uterino,
anatomia violenta,
e, na cebola, cebola,
um lisíssimo intestino.
Ia muitas vezes nua,
Até ao miolo mais fino.

Cebola ser sem contrários,
cebola bem sucedida,
na maior a mais pequena,
uma na outra metida,
e na seguinte outra ainda,
uma quarta e uma quinta.

Fuga em espiral para o centro,
eco no coro à medida.
Cebola eu bem te compreendo,
mais belo ventre do mundo,
tu própria em tuas auréolas
do teu sucesso profundo.

Em nós gorduras e nervos,
mucos, veias e recessos,
e ao kitsch do ser perfeito
é-nos vedado o acesso.
Wislawa Szymborska

(tradução de Júlio Sousa Gomes, in Paisagem com Grão de Areia, Relógio d'Água, 1998)

Notícias...


Durante dois dias, a Bruxa desapareceu destas paragens porque teve de levar a vassoura lá para as bandas da Amoreira, para os lados da E.P.T.C., ao serviço da nobre causa do teatro de monsieur Jean-Baptiste de Poquelin, mais conhecido por Molière.
Regressada após este breve interregno, aproveita para saudar todos os seus aprendizes e retomar algumas boas tradições como, por exemplo, a das
ADIVINHAS:
Ainda que vim da Mourama,
Na Europa prosperei;
O que era bom gosto
A toda a gente ensinei;
Conservo bonitas cores,
Apesar do meu desgosto;
Quando vem a primavera,
É quando sou mais bem posto.
e dos
PROVÉRBIOS:
O que perdeu nos alhos...????

sexta-feira, março 9

e brincadeiras...



Os alimentos servem para comer, para decorar, para fazer teatro, música, arte e... brincadeiras!
Aqui vão uns bonecos alimentares muito bem- dispostos!
Já agora sabiam que...
a cenoura é originária do Afeganistão? Pois é, desde o ano 500 antes de Cristo, data em que foram registadas as primeiras sementes desse legume, a cenoura era cozida em ensopados para curar doentes. À Europa, o alimento chegou no século XIII.
Hoje, sabemos que faz bem à pele e aos olhos. Mas não comam em demasia porque ficam cor-de-laranja!

Citações...


Não gosto de comida com uma apresentação demasiado elaborada. Faz-me pensar que o chef gastou demasiado tempo a fazer o prato e não muito a cozinhar. Se quisesse uma imagem bonita, comprava um quadro.

Andy Rooney (jornalista americano que, durante muitos anos fez o 60 Minutes. Morreu em 2000)

quinta-feira, março 8

Sopa de legumes e claves de sol...

Ainda do super-activo Ramos, o Fernando, cá vai uma sugestão para um fim-de-semana de chuva (ainda vai haver muitos este ano!). Fabricam os instrumentos, tocam a música e comem a orquestra. Um autêntico 3 em 1. Acresce que podem aproveitar para praticar o vosso alemão. Para já não falar na hipótese de fazerem a banda sonora de um qualquer espectáculo... não sei com que tema mas tenho a certeza de que vão descobrir a peça certa! E ainda dizem que vivemos num mundo de desperdício!
São austríacos, chamam-se The First Vienna Vegetable Orchestra e, pelos vistos, estiveram em Portugal, na Guarda (Serra da Estrela, gente!) nos idos de Março de 2006.

Não é fácil...


Bem, eis um bom exemplo de como cozinhar pode não ser nada fácil! Do nosso aprendiz Ramos, o Fernando, cá vai então. A Bruxa aproveita para deixar aqui um toque nostálgico: quando a Bruxa era criança, há muuuuuuuuito tempo atrás, o Woody Woodpecker era um grande companheiro das tardes televisivas...

Dia Internacional da Mulher

Não queria deixar passar este lindo dia sem deixar aqui a minha mensagem de apoio e solidariedade para com todas as mulheres, sejam elas do Ruanda, do Burundi ou do nosso querido Portugal. Como forma de homenagem, vou hoje dirigir-me ao Teatro São Carlos para assistir a uma ópera que é um autêntico ícone do feminismo, As Valquírias, de Wagner. Para além disso, far-me-ei acompanhar de duas mulheres, uma russa e outra brasileira, o que deve finalmente acabar com a errónea ideia de que tenho qualidades machistas ou misóginas.
É verdade que todas as culturas têm na figura feminina (de Pandora a Eva, só para citar as mais famosas) a causa primeira para a queda, para a falha da humanidade. Mas não nos podemos esquecer que talvez não seja bem assim.
No dia dos leprosos lembro-me dos leprosos, e hoje, dia da mulher, lembro-me das mulheres.

Dia Internacional da Mulher...



PORQUÊ O DIA 8 DE MARÇO



Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.

Dramaturgia d' A Cozinha (1)

INTRODUÇÃO
E NOTAS PARA O PRODUTOR

As longas explicações que sou forçado a fazer podem ser irritantes. Lamento, mas são necessárias.
Esta peça é acerca de uma grande cozinha num restaurante chamado Tivoli. Todas as cozinhas, especialmente durante o serviço, enlouquecem. Há a pressa, há as pequenas disputas, resmunguices, falsos orgulhos e pretensiosismo. O pessoal da cozinha, instintivamente, odeia o pessoal da sala de jantar, e todos eles odeiam o cliente. O cliente é o inimigo pessoal. Para Shakespeare o mundo podia ser um palco mas para mim é uma cozinha, onde as pessoas vão e vêm e não podem ficar o tempo suficiente para se compreenderem umas às outras, e onde as amizades, amores e ódios se esquecem com a mesma rapidez com que se fazem.
Arnold Wesker, A Cozinha


Todo o mundo é um palco,
E todos os homens e mulheres meros actores
Que nele têm as suas entradas e saídas.
William Shakespeare, As You Like It (II, vii, 139-141)

Foram estes dois excertos que serviram de ponto de partida para o início da análise dramatúrgica d’ A Cozinha.
- Se a Cozinha é um Mundo, o Restaurante é um Universo
disse eu.
Nesse Universo há quem está dentro da Cozinha (cozinheiros, etc), quem vagueia entre a Cozinha e a Sala de Jantar (Empregadas de Mesa, etc), quem nunca está na Cozinha (clientes) e quem está em todo o lado (o dono do restaurante – Marango – “Ele é um homem, ele é um restaurante”).
Para além disso, falou-se de ódios, de razões para ódios, de ódios instintivos, de mundos que são palcos, de cozinhas que são mundos e, finalmente, ainda se elaboraram textos subordinados ao tema: para Shakespeare o mundo podia ser um palco mas para mim (Arnold Wesker) é uma cozinha. Em suma, creio que foi uma primeira aula interessante q.b. (para utilizar um termo culinário).
Para a semana há mais.

quarta-feira, março 7

Inauguração com pompa e circunstância...


Pois é, é verdade... Não só é oficial como é um facto também: JÁ TIVEMOS AULA NA SALA DE TIC!!!!!!
Oficialmente inaugurada pelo 3º B, hoje de manhã, os quatro computadores funcionantes - quatro, pois! De quantos estavam à espera? Queriam 10? Sonhem! - revelaram-se capazes de vos levar até vários cantos da blogosfera.
Mas também deram para perceber uma coisa: o hotmail fartou-se do bodo aos pobres e agora "corta-se" a deixar-vos usar o Outlook enquanto não lhes pagarem. (Para quem não esteve na aula, o Outlook permite-lhes escreverem aos cozinheiros-mor sem que o resto do mundo o saiba.) Por isso, aqui a Bruxa, mandou uma série de convites de Gmail para alguns de vocês e pede que, pela vossa parte, vão convidando os vossos colegas até que toda a turma tenha uma conta que NÃO seja hotmail.
Quem tiver outra coisa, que a use, quem não tiver peça a alguém que lhe mande o convite. Cada pessoa dispõe de 50 e eu preciso de poupar os meus para mandar para muitas outras turmas... Vá lá, por uma vez façam uma corrente útil e resolvam esta situação. E a Bruxa espera por vocês... no sítio do costume!

terça-feira, março 6

Um jantar na Lusitânia...


CORTESÃO - Antre essas cousas louçãs
peço que me consoleis.

LEDIÇA - Pinhoada comereis
ou caçoila de maçãs
vede vós o que quereis.

CORTESÃO - Peço esperança coitado
e favor favorecido.

LEDIÇA - Isso é coisa de adubado.

[...]

PAI - Levantaram-se os meninos
o mantão mandai guardar
que temos pera jantar?

MÃE - Beringelas e pepinos
e cabra curada ò ar.

PAI - E cenouras porque não
com favas e alcorouvia
e cominho e açafrão?

MÃE - Pois o turco gram sultão
não come tanta iguaria.

[...]

PAI - Assentai-vos a fiar
Saulinho e eu a coser
Lediça guise o jantar
como acabar de varrer
e a loiça de lavar.

Notícias bruxas...



Atenção! Muita atenção! Hoje, no ano da graça de 2007, dia 6 de Março, a Bruxa depositou nas mãos de quem de direito aquele tratado de filosofia alquímica que fará de vós - pelo menos, em termos formais! - actores. O que quer dizer duas coisas: 1. A Bruxa vai de férias! 2. A partir de amanhã, a despensa da Bruxa começa a receber novos mantimentos.

Divirtam-se!

segunda-feira, março 5

Lembram-se dos Stomp?

Bom... agora já posso dizer que a contribuição do filme deste grupo veio do Tomás. E, entretanto, descobri ainda que o Nanta Cookin' também anda pelo YouTube. Cá vão eles... E ainda outros primos (cuidado com os dedos!). A família é grande!

Porque o verde é de esperança...

O kiwi é um fruto tropical de forma arredondada e de polpa verde, com casca castanha e áspera, usado na alimentação, geralmente como peça de fruta.
Tudo é exótico no kiwi, desde a sua origem: as regiões frias e húmidas da China à denominação dada ao fruto que é uma homenagem a uma ave da Nova Zelândia, com a qual se parece na forma e nas cores vibrantes. O kiwi é rico em vitamina C, oferece assim as mesmas vantagens da laranja e ajuda a controlar o colesterol. Pode ser usado para amaciar a carne, para tal coloque sobre ela fatias de kiwi e deixe repousar 30 a 60 minutos.