segunda-feira, abril 23

O livro, esse desconhecido...



Quando, em Março de 1455, Johannes Gutenberg terminou a impressão da sua primeira Bíblia, estava a dar vida nova e mais democrática a um objecto raro e caríssimo a que, até então, só poucos conseguiam ter acesso: o livro. A adaptação da prensa vinícola, a invenção de uma tinta que não escorria e dos caracteres móveis que se podiam recombinar em trabalhos sucessivos permitiram a execução de muitas e muitas obras que foram guardando o saber dos homens.
Hoje em dia estamos já muito longe desses objectos, por sua vez tornados raros e valiosos pela passagem do tempo e a evolução das técnicas. Quando se discute o eventual fim do livro impresso, substituído pelas novas tecnologias e suportes digitais, só teremos todos a ganhar se estendermos a mão para um desses objectos que o dicionário define como: "reunião de cadernos, manuscritos ou impressos, cosidos ordenadamente, formando um volume encadernado ou brochado; obra literária ou científica, em prosa ou verso".
E acrescenta algumas expressões: livro de ouro – aquele em que se regista o nome das pessoas que contribuíram para um determinado fim altruístico, ou de visitantes ilustres; livro de caixa – livro que serve para registar as entradas e saídas de fundos; livro-diário – livro em que se regista o débito e o crédito das transações diárias; ser um livro aberto – ser franco, leal, não ter segredos.
E temos ainda os livros de cores: o livro negro (descrição de aspectos negativos de uma qualquer actividade ou sociedade), o livro verde (descrição de uma área de actividade para servir de base a trabalhos nesse campo), o livro branco (é um prolongamento do trabalho apresentado pelo livro branco), o livro amarelo (apresenta regras de funcionamento ou é um livro de reclamações)... todos com funções e significados diferentes.
Também pode ser obra de arte e transformar-se numa sala: até ao dia 27 deste mês, ainda vão a tempo de dar um salto ao Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, para verem que a Bruxa está a falar a sério!
E aqui têm uma das casas dos livros mais bonitas que a Bruxa conhece: a biblioteca joanina da Universidade de Coimbra.

O livro tem ainda utilidades várias, que ultrapassam a leitura: ora vejam lá esta hipótese!Mas o certo, certo, é que o livro é sempre uma companhia, uma porta para a fantasia e uma fonte de saber. ‘bora lá ler um livro!

2 comentários:

sapateando... disse...

Recomendo as duas casinhas de livros, mas faço um aviso às pessoas que têm vertigens que, possivelmente, a casinha da Gulbekian não é muito recomendada!
Mas vale a pena vencer o medo!

A Bruxa das PAPs disse...

Pois... é preciso ter cuidado na casinha da Gulbenkian, também concordo. Mas é uma experiência que vale a pena! E sabiam que foi feita só com livros editados pela Fundação? É muito giro, vão lá...