segunda-feira, junho 4

As coisas que vocês comem - os cereais...

Em 1866, em Battle Creek, no Michigan, a esposa do ministro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, teve a ideia de criar uma dieta assente em grãos, sementes, frutos secos e alimentos de origem vegetal, com o argumento de que uma dieta deste género era essencial para uma “vida correcta”. O Instituto para a Reforma da Saúde Ocidental foi criado e, em 1876, o dr. John Harvey Kellogg foi nomeado seu director clínico. Ele dedicou-se a estudar a possibilidade de um pequeno-almoço de fácil digestão para substituir a refeição que, nessa altura, se tomava de manhã.Juntamente com o irmão, William Keith, o dr. Kellogg desenvolveu um tipo de flocos de milho torrado, muito fininhos e com sabor a malte, que se tornou tão popular que começou a receber encomendas de ex-doentes, que lhe pediam que lhos enviasse pelo correio. A procura continuou a crescer entre 1902 e 1904. Em 1906, William Keith fundou a Companhia de Flocos de Milho Torrados de Battle Creek, num pequeno edifício de madeira, mesmo à saída da cidade. Ao fim de apenas um ano, a fábrica foi destruída por um incêndio, mas ele não desistiu e construiu outra, bastante maior.
Insistia em rígidos controlos de qualidade e superintendia a todas as fases de produção. Para evitar confusões com os seus muitos concorrentes, William Keith mandou imprimir a sua assinatura em todos os pacotes de cereais e durante muitos anos, estes também tinham escrito: “O original tem esta assinatura”.
Kellogg fez grandes campanhas publicitárias e a produção passou dos trinta e três pacotes originais para mais de um milhão em 1909.
O resto da história sabem (ou imaginam) vocês… Aqui têm um anúncio de 1961... e um postal de 1901... Os actuais, vocês conhecem-nos bem...

8 comentários:

Conde Gonçalo Carvalho disse...

Confesso que quando era um puto traquina, escolhia sempre os cereais kelloggs... E não era por causa do sabor, era porque durante um período de tempo, as caixas vinham com a história (ou estória? Prof. Maria João, ajude-me...) do senhor kellogg... E eu ficava fascinado, a ler vezes sem conta aquela estória (pelo menos numa das frase acerto)...

A Bruxa das PAPs disse...

Cá vem a ajuda: "estória" é brasileiro e apesar de alguns académicos e críticos estarem a tentar usar o termo para definir um conceito de crítica literária muito específico, a verdade é que é o termo "história" que vale na linguagem do quotidiano. Agora já sabe em que frase acertou! A ajuda ajudou?

Gaius disse...

Olha que giro, os brasileiros até criam umas cenas engraçadas... =P
Na verdade eu nunca percebi a palavra estória, nem mesmo quando a professora explicou-me no quarto ano...

A Bruxa das PAPs disse...

"me explicou", imperador! E sim, também concordo: o colorido da língua brasileira é bem animado!

Conde Gonçalo Carvalho disse...

Ajudou sim!!!
:P

A Bruxa das PAPs disse...

Ainda bem, a Bruxa fica contente por poder ajudar...

Gaius disse...

A bruxa ajuda sempre! Até quando não tem a intenção de ajudar!! Por isso é Bruxa!! =P =P

A Bruxa das PAPs disse...

Uma Bruxa ao vosso dispor!