terça-feira, junho 5

... e Aniversário...

(Com a vossa idade: Lorca aos dezoito anos)

Se alguém soube o que foi uma “caça às bruxas” foi o homenageado que se segue. Se fosse vivo, Federico Garcia Lorca faria hoje 109 anos. O dramaturgo nasceu em Fuente Vaqueros em 1898 e foi fuzilado pelos falangistas em Granada, no dia 19 de Agosto de 1936, transformando-o numa das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola. Homossexual assumido, Lorca traça o retrato de uma Espanha tradicionalista, cheia de preconceitos e paixões destrutivas que é necessário eliminar em prol de uma sociedade melhor. O seu fuzilamento, até há pouco tempo considerado como parte de uma trama exclusivamente política, assumiu recentemente uma nova dimensão no documentário Lorca, el mar deja de moverse, do cineasta Emilio Ruiz Barrachina, que causou grande polémica no país vizinho. No filme, o realizador sustenta a tese de que Federico Garcia Lorca foi morto a mando dos primos, os Róldan, com quem estava em conflito devido a um desses problemas sociais que tantas vezes denunciou, num crime disfarçado de assassinato político.
Lorca deixou obra na poesia – Romancero Gitano entre outros – na prosa – Impressões e Paisagens, por exemplo – e no teatro: Mariana Pineda (1927), A sapateira prodigiosa (1930), Retábulo de Don Cristóvão e D. Rosita (1931), O Público (1930), Quando passarem cinco anos (1930), Amor de don Perlimplin com Belisa em seu Jardim (1933) Bodas de Sangue (1935) Yerma (1937), D. Rosita a solteira ou a linguagem das flores, Comédia sem título (inacabada) (1936), Quimera (1940) e a vossa bem-amada A casa de Bernarda Alba (1945).


Todos estes textos foram várias vezes representados em Portugal e muitos e variados espectáculos se fizeram a partir da(s) sua(s) obra(s). À sua conta, o TEC tem A casa de Bernarda Alba em 1966 e As Bodas de Sangue em 1968 e Lorca, Federico (1999). Mas podem ir saber mais ao CETBase e à página do TEC










E aqui vai uma proposta de filme para mais alguma informação...






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