sábado, março 31
Um bolo musical...
quinta-feira, março 29
A Bruxa põe... e as circunstâncias dispõem!
Sabem o que é gastronomia molecular?
quarta-feira, março 28
Uvas castelãs...
Notícias teatrais...
terça-feira, março 27
Dia Mundial do Teatro
Foi durante os meus primeiros tempos de escola que me deixei fascinar pelo teatro, esse mundo de magia que desde então me mantém cativo.
O começo foi modesto, um encontro acidental que encarei apenas como uma actividade extra-curricular para enriquecer mente e espírito. Mas haveria de se transformar em algo muito maior do que isso quando me envolvi profundamente como dramaturgo, actor e encenador de um espectáculo teatral. Recordo tratar-se de uma peça política que enfureceu as autoridades do tempo. Todo o material foi confiscado, e perante os meus olhos encerraram o próprio teatro. Mas não se pode esmagar o espírito do teatro debaixo das pesadas botas dos militares armados. Esse espírito procurou abrigo e instalou-se no mais profundo do meu ser, tornando-me plenamente consciente daquilo que o teatro pode fazer na vida das nações, em especial enfrentando todos aqueles que não toleram oposições ou as diferenças de opinião.
Ao longo dos meus anos de universidade no Cairo, o poder e o espírito do teatro enraizaram-se e aprofundaram-se na minha consciência. Li avidamente quase tudo o que se escreveu sobre teatro e vi o amplo leque do que se levou à cena. Esta consciência aprofundou-se ainda mais nos anos seguintes, à medida que tentava acompanhar os últimos desenvolvimentos no mundo do teatro.
Nas minhas leituras sobre teatro, desde o tempo dos gregos até aos nossos dias, tornei-me profundamente consciente da magia interior que os muitos mundos do teatro têm o poder de exercer. É assim que o teatro alcança as zonas mais profundas e escondidas da alma humana e desvenda os tesouros escondidos que estão bem no fundo do espírito do homem. Isto reforçou a minha já inabalável fé no poder do teatro e no teatro como instrumento de unificação através do qual o homem pode espalhar o amor e a paz. O poder do teatro também permite que se abram novos canais de diálogo entre raças diferentes, etnias diferentes, cores diferentes e credos diferentes. Pessoalmente, isto ensinou-me a aceitar os outros como eles são e instilou em mim a crença que a humanidade pode unir-se no bem, ao passo que, no mal, só poderá dividir-se. É verdade que a luta entre o bem e o mal é intrínseca ao código teatral. No entanto, em última análise, o bom-senso prevalece e a natureza humana alinhará, em larga medida, com tudo o que é bom, puro e virtuoso.
As guerras que atormentaram a humanidade desde os tempos mais antigos tiveram sempre por motivo instintos maléficos que, muito simplesmente, são incapazes de reconhecer a beleza. O teatro aprecia a beleza e até poderíamos defender que nenhuma forma de arte consegue apreender a beleza com mais fidelidade do que o teatro. O teatro é um receptáculo global para todas as formas de beleza e os que não valorizam a beleza não podem dar valor à vida.
O teatro é vida. Nunca como agora existiu um tempo em que é dever de todos fazer a denúncia das guerras fúteis e das diferenças doutrinais que, muitas vezes, levantam as suas feias cabeçorras sem se deixarem intimidar por uma consciência plena de responsabilidade. Temos de pôr um fim às cenas de violência e mortes aleatórias. No mundo de hoje, estas cenas tornaram-se banais e são tanto mais agravadas pelas diferenças abissais entre a riqueza imoral e a mais abjecta pobreza e por doenças como o SIDA que atormentaram muitas zonas do globo e derrotaram os melhores esforços empreendidos na sua erradicação.
Oh, gente do teatro, é quase como se tivéssemos sido atingidos por uma tempestade e esmagados pela poeira da dúvida e da suspeita que se vai aproximando de nós.
A visibilidade quase se eclipsou e as nossas vozes gritam, quase inaudíveis, por entre o clamor e as divisões que se esforçam por nos manter longe uns dos outros. Na realidade, não fora a nossa crença profunda no diálogo, manifestada de forma tão única numa forma de arte como o teatro, e seríamos varridos pela tempestade que não se poupa a esforços para nos dividir. Por isso, devemos enfrentar e desafiar todos os que não se cansam de agitar a tormenta. Devemos enfrentá-los, não destruí-los, mas erguermo-nos mais alto do que a atmosfera contaminada que ficou na esteira das suas tempestades. Devemos unir os nossos esforços e devotá-los a comunicar a nossa mensagem e a estabelecer laços de amizade com todos aqueles que, entre as nações e os povos, clamam por fraternidade.
Nós não passamos de simples mortais, mas o teatro é tão eterno como a vida.
Quem é o autor:
Formação académica: Bacharelato em Engenharia Agrícola (1971) pela Universidade do Cairo, Egipto; Doutoramento em Filosofia com Distinção em História (1985) pela Universidade de Exeter, Inglaterra; Doutoramento em Filosofia e Geografia Política do Golfo (1999) pela Universidade de Durham, Inglaterra.
Foi feito membro honorário do Instituto de Estudos Africanos (1977) e a Universidade de Cartum, Sudão, concedeu-lhe um doutoramento honoris causa em Direito (1986). Recebeu outros graus de Doutor honoris causa de várias universidades de Inglaterra, Paquistão, Rússia, Malásia e Canadá.
Entre os variados cargos que desempenhou contam-se os de Ministro da Educação dos Emirados Árabes Unidos, Governador de Sharjah, Membro do Conselho Supremo dos UAE, Presidente da Universidade de Sharjah, Professor Catedrático Convidado da Universidade de Exeter, Presidente do Conselho Honorário da World University Service, Professor Catedrático da Universidade de Sharjah e Presidente Honorário da Associação Egípcia para o Estudo da História.
Entre as distinções que recebeu estão o prémio do Instituto de Investigação da História, Arte e Cultura Islâmicas, uma condecoração da Organização Cultural, Científica e Educacional Islâmica, o prémio Rei Faisal para o Islão e os Muçulmanos 2002 e a medalha de ouro da Cultura Árabe da Associação Árabe para a Educação, Cultura e Ciência.
A sua obra é variada, incluindo muito trabalho de investigação científica, ensaística e algumas obras dramáticas.
segunda-feira, março 26
Notícias do Dia Mundial do Teatro
sábado, março 24
Grandioso concurso
Um homem com muito mau feitio...
A Bruxa gostou do que viu e, mais ainda, do que ouviu. Viu um espectáculo despojado, sóbrio, com um recurso muito interessante a um elemento de cenário que não vai ser revelado aqui e um trabalho de luz bastante bonito e eficaz. Ouviu um texto bem dito, muito bem trabalhado, bem articulado, em suma, um bom conjunto de interpretações... Já a música... foi um pouco mais dura!
Mas, dito isto, a Bruxa recomenda que nos poucos dias que restam até ao final da carreira destes espectáculo dêem um salto até à Comuna e... vejam o espectáculo que vale a pena!
quinta-feira, março 22
Mensagens...
Todos os anos, o Dia Mundial da Poesia, em conjunto com muitos outros acontecimentos, feiras e festas da poesia, cria uma oportunidade para o diálogo e reflexão que pode ajudar a trazer a poesia para o convívio dos povos.
A particularidade da poesia que há que reconhecer é que ela não transmite palavras óbvias que possam ser apreendidas de imediato, antes constrói novas e inovadoras formas de linguagem que nada devem aos códigos comuns.
A poesia, porque oferece uma grande variedade de caminhos e formas de escrever é, por isso, uma área de procura e experiência que permite rever a condição humana na sua globalidade. Esta reapreciação fundamental do uso da língua permite uma reflexão crítica universal sobre palavras, géneros e categorias, toda a gama do que é minimamente traduzível. Ao fazê-lo, desenha os contornos de possíveis formas de diálogo entre culturas, histórias e memórias.
Garantir a promoção e salvaguarda dessas formas de troca e transferência – esse poderia ser o objectivo deste dia que, colocado ao serviço da nossa diversidade criativa, pode, espero, alimentar e renovar a capacidade de cada um de nós de compreender a pluralidade cultural do mundo.
A UNESCO, de mãos dadas com os poetas e leitores de poesia, alia-se hoje à causa de todos os que encontram na linguagem a imaginação criativa e propõem novas formas de arte, aventurando-se a criar novas genealogias que possam reconstruir de novo as interligações, desafios e vocabulários que marcam a nossa modernidade.
Koïchiro Matsuura
Director-Geral da UNESCO
21 de Março de 2007
A escassez de água não é apenas o resultado de uma falta física de recursos hídricos. É também agravada por problemas de gestão e regulamentação. O crescimento populacional, o desenvolvimento económico, a poluição e as alterações climáticas, todos exercem pressões sobre os recursos hídricos. Da mesma forma, as actividades humanas como a desflorestação, a construção de barragens, a prevenção da erosão, a rega e os armazenamentos e os transvases, todos afectam os processos hidrológicos e os recursos hídricos à nossa disposição, sublinhando a importância de uma administração responsável.
Se bem que a escassez de água não esteja circunscrita às regiões áridas e semi-áridas, as condições climatéricas e as práticas desordenadas tornam essas zonas altamente vulneráveis à falta de água. Os desenvolvimentos tecnológicos tornaram possível a elevação dos padrões de vida em zonas onde os recursos naturais estão longe de ser abundantes. A tecnologia da dessalinização tornou-se mais acessível, transformando os oceanos em recursos de água doce, mas não é desprovida de custos e consequências ambientais.
Os métodos modernos e tradicionais de recolha aumentam a quantidade de água disponível para consumo. A utilização de aquíferos não-renováveis oferece também uma oportunidade de alívio da crescente escassez de água em regiões onde ela é rara, desenvolvendo assim o bem-estar social e facilitando o desenvolvimento económico. No entanto, estes benefícios têm de ser cuidadosamente ponderados em função dos seus custos. A maior disponibilidade de hoje deve ser equilibrada com a sustentabilidade para as gerações futuras. É necessário conservar a água disponível, diminuir a procura e aumentar a consciência do carácter limitado dos recursos hídricos. São necessárias estratégias de adaptação sensatas que garantam a subsistência em áreas marginais que sofrem os impactos das variações climatéricas. Devemos disponibilizar aos países em vias de desenvolvimento, onde os problemas da escassez de água se revelam mais prementes, o saber, a capacidade e a tecnologia necessária.
A UNESCO crê firmemente que, se bem que uma rigorosa avaliação científica dos recursos seja um pré-requisito para a formulação e desenvolvimento de políticas sólidas, uma melhor capacidade de lidar com a escassez de água não é alcançável apenas com recurso à ciência e à tecnologia. É necessária uma abordagem multi-disciplinar que tome em consideração a dimensão sócio-económica da gestão da água potável. A educação tem um papel vital na criação de mudanças comportamentais que ajudem a conservar a água. A cultura também desempenha um papel importante na determinação do tipo de medidas de gestão da água e soluções técnicas que se revelem aceitáveis por comunidades específicas. A comunicação é vital para transmitir ao público em geral a importância de preservar os recursos hídricos. A UNESCO, com o seu mandato para as ciências, educação, cultura e comunicação, está colocada num lugar ímpar para liderar essa abordagem holística e multi-disciplinar.
Lidar com a escassez de água é um assunto complexo que exige uma cooperação alargada a todos os níveis da sociedade. As Nações Unidas estão já a trabalhar em conjunto, com a coordenação da UNWater, para desenvolver uma abordagem do sistema que enfrente este desafio. No Dia Mundial da Água, convido todos os outros parceiros e interessados a juntarem-se a nós na elaboração de uma resposta abrangente e global. Façamos da distribuição sustentada e equitativa da água uma prioridade de todos.
Koïchiro Matsuura
Director-Geral da UNESCO
22 de Março de 2007
Aprendizes no reino dos Algarves...
22 de Março...
Por resolução, a Assembleia-Geral das Nações Unidas escolheu o dia 22 de Março para esta efeméride. Este dia devia celebrar-se a partir de 1993, segundo com as recomendações das Nações Unidas no capítulo 18 (Recursos de Água Potável) da Agenda 21.
Os Estados-membros foram convidados a desenvolver as recomendações da ONU e promover iniciativas concretas consideradas apropriadas ao contexto nacional de cada um. Em Portugal, cabe ao Instituto da Água coordenar as comemorações oficiais. Passou a ser celebrado regularmente a partir de 1994. Todos os anos, a ONU propõe um tema de reflexão. Aqui vai a lista:
1995 – “As Mulheres e a Água”
1996 – “Água para Cidades Sequiosas”
1997 – “Água no Mundo: Haverá que Chegue?”
1998 – “Águas Subterrâneas: o Recurso Invisível”
1999 – “Toda a gente vive a Jusante”
2000 – “Água para o Século XXI”
2001 – “Água e Saúde”
2002 – “Água para o Desenvolvimento”
2003 – “Água para o Futuro”
2004 – “Água e Desastres”
2005 – “Água para a Vida 2005-2015”
2006 – “Água e Cultura”
2007 – “Lidando com a Escassez de Água”
SEDE DE ÁGUA
Em vez de morna crisálida
num casulo apoquentado,
antes ser canteiro regado
ao fim de uma tarde cálida.
Num sereno estar profundo,
empapado em poças de água,
que esta sede imensa trago-a
desde o princípio do mundo.
Movimento Perpétuo
LIÇÃO SOBRE A ÁGUA
Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.
É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.
Foi neste líquido que numa noite cálida de verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.
Linhas de Força
terça-feira, março 20
21 de Março é um dia rico...
A primeira efeméride:
Em 1960, a polícia da África do Sul abriu fogo sobre uma manifestação pacífica contra as leis do apartheid, tendo matado 69 pessoas. Ao proclamar este dia em 1966, a Assembleia-Geral da ONU pediu à comunidade internacional que redobrasse os seus esforços para eliminar todas as formas de discriminação racial. Sendo que n’A Cozinha existem alguns conflitos entre povos e se referem outros, talvez não seja má ideia pensarem no assunto.
E agora, para juntar o útil ao agradável: no ano em que se cumprem 10 anos sobre a morte desse professor e poeta que foi Rómulo de Carvalho/António Gedeão (1906-1997), nada mais apropriado para um blog de escola do que celebrar algumas efemérides com poemas seus. Aqui fica um... e amanhã haverá mais!
POEMA DAS ÁRVORES
As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.
Novos Poemas Póstumos (1990)
Chegou gelada mas veio florida...
Os jarros dos jardins românticos, cantados pelos poetas...
E a combinação do ultra-Romantismo: o lírio e a saxífraga...
Agora, já podem concluir comigo: a Primavera chegou e anda por aí.
Mas lá que veio geladinha é um facto!
Chegou a Primavera
Estamos na altura de preparar a terra para o milho e a batata de regadio e de semear os cereais de sequeiro. Na horta, é tempo de preparar as estacas para feijões e ervilhas e semear abóbora, alface, beterraba, couves, nabiças, ervilhas, espinafres, feijão, melancia, melão, pepino, salsa, tomate etc. (Isto, na agricultura biológica, claro, que na outra as estufas "apagam" as estações do ano.) É também tempo de colher as cebolas brancas e cebolinhos, os rabanetes e as azedas.
Vamos deitar agora à terra as sopas e as saladas dos próximos meses...
NOTA - Corram aos dicionários à procura das palavras estranhas como "equinócio", "regadio" e "sequeiro" se querem saber o que significam!
NOTA 2 - Já agora... o quadro é de Sandro Botticelli, chama-se Primavera, foi pintado por volta de 1482, está na Galeria degli Uffizi, em Florença, mede 2,03mX3,14m e é ESPECTACULAR!
segunda-feira, março 19
Homenagem a Cesário Verde
depois do bolo-rei comeram-se sardinhas
com as sardinhas um pouco de goiabada
e depois do pudim, para um último cigarro
um feijão branco em sangue e rolas cozidas
Pouco depois cada qual procurou
com cada um o poente que convinha.
Chegou a noite e foram todos para casa ler Cesário Verde
que ainda há passeios ainda há poetas cá no país!
Mário Cesariny de Vasconcelos
A origem da Pizza Margherita
quinta-feira, março 15
Modernidade vs Pós-Modernidade
Modernidade e Pós-Modernidade foram os pontos de partida para se chegar (em apenas duas horas) a uma muito concisa história do século XX.
O objectivo foi praticar a leitura e compreensão de textos teóricos e, mais uma vez, martelar no óbvio: quando não se sabe uma coisa, procura-se o significado. É para isso que existem bibliotecas. É verdade que também existe a Internet, que é obviamente útil, mas - cuidado - as coisas em brasileiro tendem a ser más e em português inexistentes.
Aproveitou-se o final da aula para esclarecer dúvidas sobre o próximo trabalho. Das seis artes (Poesia, Música, Dança, Escultura, Arquitectura e Pintura) têm de escolher UMA (na aula disse duas, mas tive pena de vocês...) e encontrar dentro dela duas obras que simbolizem a Modernidade e a Pós-Modernidade, respectivamente. Por exemplo, se eu fosse meu aluno (uma frase tipicamente pós-moderna) escolhia a Poesia e levava The Waste Land de T.S Eliot como exemplo de Modernidade, e Howl de Allen Ginsberg para ilustrar a Pós-Modernidade. Depois era só justificar...
Ah, é verdade, estes dois exemplos estão, obviamente, excluídos do vosso rol de hipóteses, no entanto, depois de os lerem, de certeza que ficarão totalmente elucidados sobre as principais diferenças entre esses dois mundos que são a Modernidade e a Pós-Modernidade (riso maléfico e doentio).
quarta-feira, março 14
Flecte, flecte, insiste, insiste...
terça-feira, março 13
Ai, ai, ai...
Pois é... a Bruxa-tradutora anda baralhada e pede desculpa...
É verdade, têm razão, não há lista de personagens... Há uma razão para tal ter acontecido mas vocês não têm culpa nenhuma. Por isso, aqui vai:
LISTA DE PERSONAGENS
MAGI – ajudante do turno da noite
MAX – talhante, 50 anos
BERTHA – cozinheira, Legumes
MOLLY – empregada de mesa
WINNIE – empregada de mesa
MANGOLIS – cipriota, ajudante de cozinha
PAUL – judeu, Pasteleiro
RAYMOND – italiano, Pasteleiro
HETTIE – empregada de mesa
VIOLET – empregada de mesa, mais velha do que as outras
ANNE – irlandesa, empregada de mesa
GWEN – empregada de mesa
DAPHNE – empregada de mesa
CYNTHIA – empregada de mesa
DIMITRI – cipriota, ajudante de cozinha
BETTY – empregada de mesa
JACKIE – empregada de mesa
HANS – alemão, 19 anos, Fritos
MONIQUE – Relações Públicas
ALFREDO – 65 anos, Assados
MICHAEL – 18 anos, Ovos
GASTON – cipriota, 40’s, Grelhador
KEVIN – irlandês, 22 anos, Peixe Frito
NICHOLAS – cipriota, bloco de Frios
PETER – alemão, 23 anos, Peixe Cozido
FRANK – Alemão, 38 anos, Sub-Chefe, Aves
CHEFE – 50 anos
CHEFE DE MESA
MARANGO – 75 anos, dono do restaurante
PEDINTE – deficiente de guerra
A Bruxa cumpre as promessas que faz...
segunda-feira, março 12
Hoje é dia de festa...
domingo, março 11
Cebola... Lembram-se da cebola?
Notícias...
sexta-feira, março 9
e brincadeiras...
Citações...
quinta-feira, março 8
Sopa de legumes e claves de sol...
Não é fácil...
Dia Internacional da Mulher
É verdade que todas as culturas têm na figura feminina (de Pandora a Eva, só para citar as mais famosas) a causa primeira para a queda, para a falha da humanidade. Mas não nos podemos esquecer que talvez não seja bem assim.
No dia dos leprosos lembro-me dos leprosos, e hoje, dia da mulher, lembro-me das mulheres.
Dia Internacional da Mulher...
PORQUÊ O DIA 8 DE MARÇO
Dramaturgia d' A Cozinha (1)
E NOTAS PARA O PRODUTOR
As longas explicações que sou forçado a fazer podem ser irritantes. Lamento, mas são necessárias.
Esta peça é acerca de uma grande cozinha num restaurante chamado Tivoli. Todas as cozinhas, especialmente durante o serviço, enlouquecem. Há a pressa, há as pequenas disputas, resmunguices, falsos orgulhos e pretensiosismo. O pessoal da cozinha, instintivamente, odeia o pessoal da sala de jantar, e todos eles odeiam o cliente. O cliente é o inimigo pessoal. Para Shakespeare o mundo podia ser um palco mas para mim é uma cozinha, onde as pessoas vão e vêm e não podem ficar o tempo suficiente para se compreenderem umas às outras, e onde as amizades, amores e ódios se esquecem com a mesma rapidez com que se fazem.
Arnold Wesker, A Cozinha
Todo o mundo é um palco,
Que nele têm as suas entradas e saídas.
William Shakespeare, As You Like It (II, vii, 139-141)
Para além disso, falou-se de ódios, de razões para ódios, de ódios instintivos, de mundos que são palcos, de cozinhas que são mundos e, finalmente, ainda se elaboraram textos subordinados ao tema: para Shakespeare o mundo podia ser um palco mas para mim (Arnold Wesker) é uma cozinha. Em suma, creio que foi uma primeira aula interessante q.b. (para utilizar um termo culinário).
Para a semana há mais.
quarta-feira, março 7
Inauguração com pompa e circunstância...
terça-feira, março 6
Um jantar na Lusitânia...
Notícias bruxas...
Atenção! Muita atenção! Hoje, no ano da graça de 2007, dia 6 de Março, a Bruxa depositou nas mãos de quem de direito aquele tratado de filosofia alquímica que fará de vós - pelo menos, em termos formais! - actores. O que quer dizer duas coisas: 1. A Bruxa vai de férias! 2. A partir de amanhã, a despensa da Bruxa começa a receber novos mantimentos.
Divirtam-se!